sábado, 5 de junho de 2010

Room

Estava lá em seu quarto, janela aberta, as mãos na nuca, cotovelos na quina da janela, cabeça abaixada. Sua cabeça, ao contrário do quarto, estava cheia. Pensava em tanta coisa que não conseguia entender. O suave som do vento ecoava em seu quarto, em sua cabeça. Levantou a cabeça rapidamente, na esperança de ver a lua. Não, ela não estava lá. Apenas queria vê-la, admira-la. Mas o impetuoso céu que antes movia nuvens negras, apenas parou cinza, sólido. As árvores não se agitavam mais, o vento sussurrava em seu ouvido. Seus olhos chegaram até suas mãos, sua arte. Era o suficiente. Fechou a janela. O estrondo preencheu o quarto por tempo demais, barulho demais. Não gostou desse som.

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