quinta-feira, 30 de setembro de 2010

I walk away from everything with just a smile.
Outra noite que passo encarando o teto. Fazia tempo que não o fazia. Faz-me lembrar de coisas passadas e de presentes sem valor. Volto até minha última lembrança. O resto foi queimado por proteção, medo ou diversão? Não sei. Não me lembro. Também não me lembro daquilo que tanto ansiei. Sei que algo fará com que venha à tona... Enquanto isso a escuridão substitui o teto. Mas só para meus olhos pararem de arder. Afinal, ainda estou aqui.

domingo, 26 de setembro de 2010

Dali, sentado, observava indiferente o movimento crescente.
Perdido em seus devaneios pouco lhe importava o que se passava.
Ultimamente pouco lhe importava.
Suas lembranças ardiam em sua cabeça.
E, olhando o pó, não se lembrava de nenhuma. Pareciam todas iguais.
As que não se subjugavam à vontade do fogo só tinham suas letras realçadas por um belo contorno luminoso.
Ele só queria apagar o fogo.
Levantou-se e bateu levemente nas calças.
Deixaria isso para mais tarde.
'antes do que nunca' não é o que dizem?

sábado, 25 de setembro de 2010

E esta tarde, que nada queria, fez-me verter lágrimas. Dúbias
E voltei pra casa fazendo o que não deveria. Ouvindo meus pensamentos.

Chuva

A chuva veio e levou toda minha maquilagem.
Deixando visível um rastro de dor.
A chuva caiu e não me derrubou.
Deixou-me envergonhado me mostrando os meus pecados.
A chuva caía solenemente.
E eu deixei que roubasse meu calor.
A chuva demonstrou coisas ocultas ao sol.
E eu perdi o meu medo da chuva.
A chuva lavou minha vergonha
e não levou nenhuma lágrima, nem uma.