quinta-feira, 17 de junho de 2010

Às vezes

parece-me que todas as outras pessoas fumaram maconha.
me parece que a queda já está chata e o chão não chega.
sinto falta de não sentir falta.
fico imaginando se as pessoas são só isso ou são excelentes atores, com alguns casos de má interpretação.
Mas idiotamente engraçadas, decerto são.
Aquele hino que naquele evento me soa tão irônico, beirando o sarcasmo. Perguntam seu aniversário durante o ano inteiro para esquecer na véspera. Dizem que o importante é competir quando perdem descontentes. Almejam pouca e esquisita glória. Vangloriam-se. Quando cruas e nuas, fracas e expostas, negam de qualquer maneira. Inventam um mistério. Ninguém conhece ninguém. Alguém não conhece alguém. Quem? Respondem essa pergunta com um nome. Não me lembro de ser um nome... Ou quem não é você? Não és tu? Não sou eu? Não é eu? Quem não és tu? Não posso negar que são criaturinhas fascinantes. Conseguem arrancar de carcaças um pouco de emoção. Desprezo.

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