terça-feira, 20 de abril de 2010

Sem assunto

específico, é claro... pois não ter um assunto já é o próprio assunto.
Algo do tipo: querer escrever e não querer os assuntos que já sabe.
É, o problema não é de todo não saber o que escrever ou não ter sobre o que escrever, algo um pouco mais simples e muito mais incômodo
É como querer tomar um refrigerante tendo um monte na geladeira e sabendo que não é nenhum daqueles... não, não é como isso...
É algo mais parecido com o algo mesmo próprio em si reciprocamente.
Muitos rabiscos não transcritos, muitos escritos sem rabiscos
Transcristos? Cristos modificados e com novos objetivos e meios...
O fato de não se ter um assunto e ter uma imaginação doentia e, até certo ponto, insaciável é perigoso... para a sanidade é claro. Ou talvez, talvez ou, permitir a criação de coisas muito esquisitas... perigoso tal vez, ou várias vezes, para a realidade. Só não irei explicar o que é essa tal de realidade. Para entendê-la, o básico é não entender basicamente nada porque não entendendo os sentidos das coisas, as coisas não precisaram de um sentido... e envolve muito menos que isso mas é menos complexo de explicar e dá preguiça... falando assim pareço ter um quê de inteligência... não se engane. Quê de inteligência é QI?

Voltando ao assunto que, por acaso ou por manifestação divina, não existe... é o mesmo que voltar ao nada? Claro que é não. Algo perigoso? Uma folha em branco. Uma mente em branco. Devo ser algo perigoso... talvez mais melanina na mente resolva... provável que não.
Quando alguém acorda ao meio-dia, seu almoço é seu café da manhã ou seu café da manhã é seu almoço? Afinal, tomamos café da manhã ao acordarmos, não? Não. Alguns não comem quando acordam e nem depois...

Melhor mudar para outro assunto, que tal falar sobre aquela manhã que disse a alguém que gostava daquela flores roxas e ela me respondeu dizendo que aquele carro vermelho era bonitinho? Ou era engraçadinho? Ah... tenho uma péssima memória. Ou uma memória pessimista, pois lembro exatamente do primeiro soco na cara que recebi. Só de lembrá-lo, sinto meu rosto arder, sinto cada um dos dedos tocando minha face com desonesta força, sinto que meus óculos voaram, sinto-me tonto, sinto nada, "sim, tô de pé"... Talvez eu me vingue, provável que não... Mas aquilo foi certamente desonesto e bem certo na minha cara.

Acho que o melhor é esperar algo para escrever sobre... droga! Perdi de novo. Acho que acho tanta coisa só para poder perder tanta coisa.

Um comentário:

  1. Um toque de metafísica, um toque de Douglas Adams e toques de várias coisas que não sei. E um soco.

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