segunda-feira, 26 de abril de 2010

Conteúdo

sem importância, pelo que fazem, não pelo que dizem. Escolhem pela forma e beleza. Apresentando teórica simetria, bem sofisticado diria. A arte dos sofismas talvez seja inerente a alguns ou inerte seja o raciocínio de quem é enganado(ou deixa enganar-se, ou se engana). E como numa síncope seguida de espasmos assistida com indiferença pelos que aplaudem quem indiferentemente faz algo, a arte da prolixidade se revela ou se esconde ou somente se prolonga sem nunca fazer menção de explicitar algo sem cobrar das sinapses o seu trabalho. Tal arte(por um artista ou um arteiro?) impressa nos textos meus nunca impressos, causando a impressão de estarem de certa forma expressando algo impressionante. Meus textos, textos meus, meus testamentos. Deveriam ser encarados com articulado asco e expresso repúdio porém, a miríade de miragens miscível à miserabilidade mirim, que se míngua por miraculosa miopia de minutas mirabolantes, mima os miolos.

6 comentários:

  1. Sinto-me na obrigação de dizer que a representação iconográfica de "conteúdo" é abordada de maneira tal que o leitor desavisado se perde nas palavras, percebendo assim sua própria ignorância e colocando o (in)digníssimo autor em um patamar psicológico e intelectual superior, mesmo que a arte citada seja cúmplice da confusão textual provocada ele. É válido lembrar também que o próprio autor vale-se do extenso vocabulário presente nos dicionários para entorpecer o leitor, criando imagens representativas para um conceito abstrato, o qual, apesar de ser (in)devidamente discutido na pequena parte introdutória, é logo sobrepujado por um discurso acerca da natureza do autor e sua imagem social.

    Em suma, encha de vácuo.

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  2. Talvez (in)articulado asco e (in)expresso repúdio. Não, não... encher de vácuo só traria confusão ao realizar a sucção das palavras espalhadas, bem melhor é esvaziar de nada. É válido lembrar também que inferências de um leitor são inferências de um leitor. E se foi assim que viu o texto, mais força o texto ganha na proporção que cresce minha decepção.

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  3. E inferências de um leitor são a interpretação do mesmo sobre a confusa organização textual do autor e é ele o responsável por essa desordem, visto que o crítico tem como base um castelo de cartas, e por isso não muito confiável. Em relação à reação do autor ao ganho de força do texto, sinto dizer que as opiniões implícitas presentes continuam desse modo, e a não percepção deste escritor às mesmas são de responsabilidade não unicamente da incompetência do comentador, mas também da omissão proposital de informações do autor.

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  4. Desordem? Claro e simples flui ele em seu objetivo, não conseguir captá-lo se deve a paredinhas isolacionistas que cria. Por tentativa, não por conhecimento, o texto é compreendido. Omissão? Está ali, o que fazem, porquê e o que deveriam fazer.

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  5. Sim, sim. De fato é explicitado o que fazem, porquê fazem e o que deveriam fazer. Mas não é isso que me interessa, afinal, isso está evidentemente claro. O que me deixa curioso é a intenção do autor ao criar as "paredinhas isolacionistas", e a opinião do autor sobre os miolos mimados.

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  6. Eu não crio paredinhas. Miolos mimados torpes e acostumados, criam paredinhas.

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