segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Quando a idade corroer-te além do aceitável
além, muito além, de todo sentido humano
perceberás que a vida em nada é admirável
e que o mundo não passa de divino engano

Está na ruína do teu corpo o único sentido
No teu coração estanque a triste resposta
No ocaso da mente o teu paraíso perdido
E na crença de uma alma tua última aposta

Quando o tempo levar tua alegria de viver,
Talvez seja tempo de não viveres mais
Dias se arrastarão da manhã ao anoitecer

Noites se consumirão na tua falta de paz
E não pense que havia algo mais a perder:
Era tua última chance. Outra terás jamais.

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