segunda-feira, 22 de novembro de 2010

E se a morte não soubesse que é a morte
e trouxesse em seu beijo a mensagem dos anjos
e não carregasse a foice com sangue coalhado
das vidas ceifadas em seu caminho cego?

E se a morte fosse apenas alguém sem norte
que sonhasse ou buscasse um eterno arranjo
que também recontasse todo o seu passado
e se ela criasse, do nada, um outro alter-ego?

E se a morte entrasse em sua vida como o sol?
E se ela lhe sorrisse e lhe piscasse nas manhãs
como o flerte com alguém que você desconhece?

E se ela estivesse tão perto que você não a visse?
Ou tão lhe incrustada que nem mesmo a sentisse?
E se a morte fosse você e você não soubesse?

Um comentário:

  1. Que tanto a morte te enche os pensamentos?
    Deixe-a de lado, que nunca morrerás.

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