terça-feira, 6 de setembro de 2011

Ah... Era como tirar um peso das costas, e eu tinha a leve impressão que aquele saco de batatas que acabei de descarregar estava de certa forma relacionado com isso. Fumei um de meus cigarros imaginários com referência real, um papel de bala enrolado, e não há nada mais saudável. Relaxamento e nenhum dano aos órgãos. Fora a possibilidade de pensar calmamente. Uma tragada, o peito enchendo-se do mais puro ar possível. A noite fora agitada e cansativa. E eu estava mais preocupado com o que viria a seguir. Nah... Preocupado era a única coisa que eu não estava. Comecei a me questionar, mas de um jeito suave, quando minha auto-confiança se tornou arrogância e quanto isso estava me atrapalhando. O silêncio sempre fora minha melhor arma e eu o estava deixando de lado. Nada bom. Estava descuidado por me achar preparado, e as coisas insistiam em me provar isso. Outra tragada. Minha presunção estava me levando a erros idiotas. Só a minha sorte me segurou em pé ali. Acelerei um pouco o passo, o sol da manhã ainda não penetrara a camada gélida sobre a cidade. O sangue circulou mais rápido e aqueceu meu corpo, me pedindo para correr. Não, eu deveria me manter no controle como sempre. Ao menos até o momento adequado. Parei na fachada daquele prédio que se abria, limpo e convidativo; nada demais para um banco. Outra tragada. A última. E amassei o cigarro, jogando na lixeira próxima. Adentrei, já era hora de largar essa ideia besta de dizer a verdade.

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