terça-feira, 21 de junho de 2011

Sento-me, sempre na mesma cadeira. Na mesma cadeira qualquer. Na sombra, na penumbra, não gosto de luz. Retiro meus óculos e deixo, na mesa, na carteira, no chão. Apoio minha testa em minha mão direita, está quente, febril, sempre. O polegar e o médio sentem a pulsação, as veias inchadas, batendo sem parar, sem piedade. Dor já natural, conhecida, e que nunca deixou de doer. Dor que até me engana; dói por quê? Exames não mostram nada além de saúde. Há pequenos momentos que a dor não alcança. E deles corro atrás. Será que é só disso que se trata?
Sinto mesmo que estou morrendo, que isso está me consumindo, que já perdi muito de mim...
"Tudo bem?"
"Tudo."

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