sábado, 7 de agosto de 2010

Quem és tu?

Tu que foste usado, admirado, exaltado, abandonado. Trocado por ninguém mais ou menos que você. Você que é com quem falo mas se conjuga e julga como também assunto, de quem falo? De você todos falam, e falam com você. Agora, tu ficaste aí no canto, sem ninguém que te diga algo, que te teça elogios, que te teça em palavras, que te aqueça, que te engrandeça abusando de hipérbatos e hipérboles... Ah... Outrora, foste a donzela, o alvo do amor e, sobretudo, alvo da fala. Outrossim eras o cavalheiro, alvo de elogios e ameaças, e o cavaleiro, alvo e corajoso. E eras se passaram até que você tomou teu lugar. Um aperto me ocorreu, onde estarias tu que não encontro mais? Tu, ó... foice.

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