terça-feira, 26 de abril de 2011

Elas só sabem abaixar a cabeça e desviar os olhos. E brigar com quem não tem capacidade de brigar com elas, descontar no mais fraco, que desconta no mais fraco, até chegar no grande fracote que vai aguentando toda essa merda voando nele até estourar e acabar estourando alguém. Culpado ou não.

São patéticas, inúteis, espaçosas, barulhentas... Oh, como são barulhentas! Que Deus não as perdoe. Algo do tipo 'Que ar lhe falte nesses pulmões putrefeitos. Que se engasgue com essa velha saliva que banha esses dentes rotos. E que algo, se é que há algo aí, estoure nessa sua vermífica cabeça.'  Nah... Isso foi pra alguém específico e não é pra tanto. Elas podem simplesmente desaparecer.

E gritam. Gritam. E gritam. Por que gritam tanto? Gritam entre si. Gritam pros outros verem que estão gritando com outros. Gritam pra si. Gritam tudo que não fazem e nem farão. Gritam o que não tem coragem de fazer. Gritam de raiva. Gritam por necessidade. Gritam por bobeira. Gritam por besteira. Gritam besteiras. Gritam com Deus. Gritam por Deus. Como famintos pestilentos esticando os esqueléticos braços, tentando alcançar um maldito pedaço de pão que lhes é atirado.

Sabe, não importa se tem algo limpo no meio dessa merda toda. O fedor vence. A coisa toda fede.
É um câncer.

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